Assim como em alguns outros textos desse blog, hoje vamos falar de árvores. Ou seja, vamos falar sobre nós mesmos em uma relação com o Espírito Santo.
Vários trechos da Bíblia comparam a vida humana a uma árvore no que tange ao relacionamento com o Criador. E, assim como nas árvores, o produto do desenvolvimento dessa relação é o fruto.
“Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.”
Matheus 7.17-20
De acordo com estudiosos de botânica (Barroso et al., 1999; Judd et al., 2009; Gonçalves & Lorenzi, 2011), os frutos tem três funções importantíssimas: identificação/diferenciação de espécies, proteção e dispersão das sementes.
Mas como saber se estou gerando bons frutos?
A primeira coisa que devemos analisar é: que tipo de árvore é você? Uma laranjeira não vai dar maçãs, uma macieira não dá mangas. O fruto que você produz, diz quem você é.
Em Gálatas 5, vemos a diferenciação explícita do que são obras produzidas pela carne (ou frutos), e o fruto (sim, “O”, no singular) produzido pelo Espírito:
“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.”
Gálatas 5.19-21
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.”
Gálatas 5.22-24
O “o” singular em Gálatas 5.22 faz toda a diferença semântica. Enquanto as obras da carne são muitas, o fruto do Espírito é um só. Isto é, andar no Espírito e em comunhão com Deus significa externar todas essas características!
Em termos práticos: “eu falo na cara mesmo”, “não levo desaforo pra casa”, “vou dar meu jeitinho”, estresse exacerbado no trânsito, dar um “carrinho” maldoso no jogo de futebol… (a lista é infinita, mas você já entendeu)… Essas coisas não são parte do fruto descrito em Gálatas 5.22-23. Para saber o destino desses frutos, releia Matheus 7.20.
“Entendi, mas como eu faço para mudar?”
“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.” – “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.”
Gálatas 5.13,16-17
Resistir à carne vai ser sempre necessário. Para alguns isso vai ser mais difícil, para outros menos difícil, cada um tem seu espinho na carne. Contudo, para haver mudança e produção de frutos, assim como na botânica, existem dois métodos que geralmente são utilizados conjuntamente:
O primeiro é a poda. A poda remove partes desnecessárias da planta, melhorando a exposição à luz e a distribuição de nutrientes, o que pode revitalizar a árvore e promover a frutificação.
A segunda técnica é o enxerto. Que é adicionar uma seção de uma planta com características desejadas, podendo alterar ou melhorar a produção de frutos da árvore receptora.
Contudo, ser podado machuca né? Arranca pedaço e você tem que se desfazer de coisas que já não te servem mais para conseguir gerar frutos.
O enxerto coloca algo dentro de você que muda o seu interior. No início o pedaço da outra árvore vai ganhando espaço e causa desconforto, mas no final te faz produzir os frutos desejados.
Deus também trabalha assim. Quando você se permite ser mudado, primeiro vem a poda, tira o que não te serve mais: os ramos de onde vinham os frutos ruins; depois Ele enxerta o Espírito Santo em você, que te faz se sentir desconfortável com o seu pecado e se humilhar para confessá-lo, dando assim início ao seu processo para gerar O Fruto do Espírito.
Mas não se esqueça, o Fruto tem outras duas funções importantes: proteger e disseminar as sementes.
Portanto, ter amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (todas essas características simultaneamente), servem de testemunho para proteger e disseminar a semente (o evangelho) por onde você passar.
Espero que essa reflexão te guie na sua próxima oração para pedir que Deus faça essas mudanças no seu interior.
Fique com Deus e vamos Voar em Cristo!
4 comentários a “Como saber se estou gerando bons frutos?”
Que Bênção! Que nossa vida seja para produzir bons frutos que agradem o Senhor Jesus Cristo.
Opa! Fica a dica: “o fruto do Espírito é um só. Isto é, andar no Espírito e em comunhão com Deus significa externar todas essas características!”
Parabéns Maurício, Deus continue te inspirando a escrever verdades profundas da Palavra. 🕊️
Opa! Fica a dica: “o fruto do Espírito é um só. Isto é, andar no Espírito e em comunhão com Deus significa externar todas essas características!”
Parabéns Maurício, Deus continue te inspirando a escrever verdades profundas da Palavra. Paz 🕊️
Obrigada por isso, Deus te abençoe!!!